Matão e seus avanços: um futuro promissor
- ESPAÇO MATÃO COMUNICAÇÕES
- 28 de ago. de 2023
- 5 min de leitura
Atualizado: 31 de ago. de 2023

“Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo
Dias melhores [...]”.
Jota Quest
Na música de Jota Quest a forma de viver e ser está ligada ao nosso desejo de querermos ser ainda melhores a cada dia, visto que os dias passam a sociedade cresce e, consequentemente, muda.
Em se falando de crescimento e mudanças, podemos citar a nossa querida Matão. Para termos um panorama do quanto esta cidade cresceu voltaremos ao início.
Em entrevista Andressa Fernandes registrou que Matão teve início no dia 13 de fevereiro de 1892. Entretanto, de 1832 até 1898, Matão que ainda era um território, pertenceu ao município de Araraquara. Somente em 1899 Matão foi, então, tida como município e de lá pra cá cresceu em suas diversas esferas como, por exemplo, território geográfico, saúde, educação, economia, vida social etc.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que em 2010 Matão contava com cerca de 76 Mil e 786 habitantes. Já no ano de 2022, outra pesquisa foi executada e esta aponta que nos dias atuais Matão detém 79.033 de habitantes. Estes dados ao serem comparados com os de 2010, nos mostram que houve um aumento de 2,93%, conforme matéria do G1.
No que refere ao progresso podemos dizer acerca do trabalho e rendimento. Em 2010, aproximadamente 18 Mil pessoas viviam com um ou dois salários mínimos. Já em 2021, o salário médio mensal era de 2.8salários mínimos.
No contexto da saúde, no ano de 1937, Matão foi agraciado com um hospital. Com o passar dos anos novas unidades de saúde foram criadas. De acordo com IBGE em 2009 Matão tinha 16 Estabelecimentos de Saúde ligados ao Sistema Único de Saúde- SUS. Novas unidades de saúde foram e serão implementadasa fim de atender às necessidades de toda população.Além disso, há farmácia popular que assegura os direitos de todos que procuram pelo serviço.
Outro aspecto a ser mencionado refere-se à educação, no ano de 1901 Matão contava com apenas três escolas. Ao acessarmos às informações podemos verificar que os avanços não param, uma vez que os achados apontam que em 2021 Matão tinha, talvez ainda tem, entre público e privado 13 instituições escolares de ensino médio, totalizando 2 Mil 922 matrículas. No que tange às escolas de ensino fundamental são cerca de 27 unidades escolares, totalizando 8 Mil 728 estudantes matriculados.
Em relação à economia, o Produto Interno Bruto-PIB, soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, expõe que em 2020 o valor per capita foi R$ 52.800, 22.Para além disso podemos citar a segurança pública que ainda nos dias de hoje temos Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar, Guarda Municipal, Trânsito etc.
Desta forma, como podemos examinar, Matão é uma cidade que só vem crescendo e segue apaixonando corações de quem passa por aqui. Tanto que é conhecida e reconhecida em todo território brasileiro, por pessoas que aqui passarame que levam ou levaram às melhores lembranças restando, assim, a saudade. Não é à toa que esta terra é chamada “Terra da Saudade”. Como mencionado na letra da música no caput deste artigo, Matão segue crescendo e procurando ser melhor no amor, melhor na dor e na busca de dias melhores.
Aparecido Renan Vicente
Psicólogo e matonense.
MARIAS!

Centro de Referência da Mulher “NICA PINOTTI” Ode Matão, é uma Organização Social e Civil de Interesse Público e dentre seus objetivos, têm a perspectiva de contemplar a arte e a cultura, a implantação de estratégias para o incentivo à igualdade de condições existenciais entre homens e mulheres e o fortalecimento de práticas sociais em prol da vida cidadã, por meio de projetos e programas.
Além de promover palestras, oficinas de artesanato, entre outras atividades, a OSCIP “NICA PINOTTI” apoia o projeto cultural MARIAS, grupo vocal de Matão fundado em 06 de março de 2017, por tratar-se de um grupo feminino, que busca na música a oportunidade de expressar-se artisticamente.
“MARIAS”, nome escolhido pelo grupo de mulheres cantoras por ser um nome simbólico, simples e forte, é um nome comum de muitas mulheres brasileiras que vivem em busca da liberdade de expressão e dos seus direitos. E é necessário refletir sobre a luta pelos direitos da mulher. A música “Maria, Maria”, por exemplo, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, foi inspirada em uma mulher que realmente existiu em uma cidade mineira, vivia à beira dos trilhos do trem, cuidava dos filhos sozinha e sobrevivia com muita dificuldade. Ao longo dos anos a música “Maria, Maria” alcançou grande representatividade, por ser significativa na luta pelos direitos femininos. Nesse sentido, o nome Marias, escolhido pelo grupo vocal, entre tantos significados, busca em sua forma de se expressar, a igualdade de direitos e condições das mulheres na sociedade.
As MARIAS, como são conhecidas atualmente, trilharam muitos caminhos, com vivências e profissões diversas, mas com o coração sempre envolvido pela música e o cantar. O cantar informalmente e nas horas de lazer, antes de sua efetiva fundação, contou com o incentivo de Joemir Pinotti ao promover rodas de samba e eventos em sua casa e na Estação da Quinze. O grupo de amigas começou a se reunir na casa da professora Lygia Bovo para tomar café, cantar e fazer pesquisas musicais, onde os laços afetivos e os gostos musicais se fortaleceram.
O grupo composto por Juju Oliveira, Lygia Bovo, Têra Massocato, Mara Capparelli, Jussara Cioffi, Edna Sanas, Thelma Ruy, Lázara Alves, Celimara Avelino e Eliana Saraiva, em sua fundação, contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Matão – Casa da Cultura, do Diretor de Cultura (2017- 2019) Júlio César Ribeiro da Silva e do regente Danilo Gomez, por meio da Oficina de Canto Coral. De 2017 a agosto de 2019, foram muitas apresentações na Casa da Cultura, ETEC Matão, SENAC Araraquara, Faculdade Anhanguera Matão, Faculdade UNIP Araraquara, Praça Dr. Calígola Bastia, Sorema, salão da igreja Santa Cruz, Encontro de Corais na igreja Nossa Senhora Aparecida e Encontro de Corais na cidade de São Carlos.
No início de 2020, com algumas alterações em sua formação, o grupo foi dirigido pela cantora Lilian Sampaio, integrante do Coral Coro&Osso, mas os ensaios e as apresentações físicas foram suspensas pela necessidade de isolamento diante da pandemia da Covid 19.
Em outubro de 2020, quase no final da pandemia, o músico e arranjador Fabinho Pereira assumiu o grupo com a proposta de realizar gravações de vídeos para divulgar os trabalhos, concomitante com o projeto Poesias, para levar mensagens de paz e esperança às pessoas, utilizando as mídias digitais.
A partir de 2021, houve a retomada das apresentações e desde então vêm acontecendo na Casa da Cultura, Escolas, Igrejas, Projetos Sociais e nas Festas de Corpus Christi, com o importante apoio dos gestores da Casa da Cultura Juliano Jacopini e Simone Marcondes.
O grupo também participou do projeto Sexta Básica, Cantata de Natal, conseguiu o benefício da Lei Aldir Blanc, entre outros incentivos.
As integrantes do grupo MARIAS realizam pesquisas musicais regionais, dando preferência para a região nordeste do Brasil por ser rica em gêneros musicais como o baião, xote, xaxado e forró, porém sem deixar outros ritmos brasileiros que tanto contribuem para a formação cultural do grupo e também para o público que as assistem.
MARIAS propõe ao público uma conexão à ancestralidade por meio de músicas tradicionais que compõem a discografia da música popular brasileira. As músicas trazem à tona a memória afetiva de vivências, recordações e lembranças das pessoas. As integrantes buscam com o figurino prevalecendo o tecido de chita, lembrar a rusticidade e, ao mesmo tempo, a leveza do povo do interior. É um projeto que faz refletir sobre os saberes, a musicalidade, a diversidade das regiões do Brasil, o fortalecimento das mulheres e vai ao encontro dos objetivos da OSCIP NICA PINOTTI.
O grupo Marias atualmente conta com a regência do músico Fred Campanelli e é formado por nove mulheres: Daiane Souza (soprano), Heloísa Piva (soprano), Lázara Alves (soprano), Lúcia Gonçalves (soprano), Nimuendaju Oliveira (soprano), Celimara Garbim Avelino (contralto), Edna Sanas (contralto), Jussara Cioffi (contralto) e Patrícia Pedro Bom (contralto). A música é uma arte e cantar promove a alegria e o contentamento!
Profª Mª Nimuendaju Oliveira
fundadora do Grupo Marias e Conselheira do
Conselho de Cultura da Prefeitura Municipal
de Matão (2021/2024).





Comentários