METODOLOGIAS ATIVAS, METAVERSO E O FUTURO DA EDUCAÇÃO
- ESPAÇO MATÃO COMUNICAÇÕES
- 28 de ago. de 2023
- 6 min de leitura
Atualizado: 1 de set. de 2023

As constantes transformações nas quais o mundo está inserido neste momento da história, faz com que novas tecnologias no intuito de auxiliar a humanidade em seu processo evolutivo, tanto físico, quanto mental.
As metodologias ativas vieram para modificar o cenário da Educação que necessita de novos saberes e formas inovadoras para facilitar o processo de aprendizagem em tempos nos quais o que se presencia em sala de aula, são cada vez mais um número maior decrianças e jovens com mentes aceleradas e a forma de ensino, portanto, já não pode mais permanecer a mesma.Assim, o aprendizado ativo emerge como um novo paradigma para a oferta de educação de qualidade, colaborativa, envolvente e motivadora, com capacidade para responder à maioria dos desafios existentes nas instituições de ensino, demonstrando que a educação não pode ser considerada mais uma prática simples (MISSEYANNI et al., 2018).
Dentro deste contexto, a gamificação ganhou um prazeroso espaço e se tornou algo muito apreciado pelos alunos nas diversas plataformas de ensino. A sala invertida, os grupos de discussões, seminários e brainstorms são cada vez mais utilizados, a fim de que o processo de aprendizagem aconteça de forma ampla e desta maneira, alcance todos os seus objetivos.Concentrada em uma gama de variedades de instrumentos facilitadores para o envolvimento cognitivo dos alunos, as metodologias ativas são uma excelente opção, a fim de que acumulem conhecimentos e sejam capazes de desenvolver esquemas que os farão alcançar autonomia sobre a aprendizagem.
Mediante à todo este cenário de transformação, em contrapartida, o metaverso está chegando com seus desdobramentos, considerado na atualidade, a maior de todas as inovações no campo educacional. De acordo com Edgar Murin, (2002), “até agora acreditávamos que o futuro era uma espécie de linha reta que continuaria. Precisamos imaginar diferentes cenários. Precisamos ser vigilantes. Precisamos esperar o inesperado para saber navegar na incerteza”.
O metaverso, tem a capacidade de criar realidades completamente virtuais, aonde o indivíduo se coloca em qualquer cenário em situações nas quaisvivencia na prática a mesma. Por exemplo! Um estudante de medicina, através do metaverso, pode simular uma cirurgia em seu paciente sem o menor risco, visto que está em um mundo virtual e não real, embora a realidade pareça ser muito vigente. Um neurocirurgião, poderá ter acesso ao cérebro e assim treinar as mais delicadas cirurgias, trazendo descobertas e eficácia no treinamento destes alunos (as).
Para as crianças, o metaverso também pode ser transformador, ajudando e auxiliando nas mais diversas atividades, criando cenários lúdicos e atrativos para os pequenos, porém como toda inovação pode ser assustadora de início, com o metaverso não é o contrário! Hoje o que se vê são pessoas impossibilitadas de se desvincular de seus aparelhos celulares. Já não são capazes de viver sem a internet que conecta pessoas no mundo todo.De acordo com Castells (2015), a internet é “tecidos” das dinâmicas sociais contemporâneas, cujo constante intercâmbio com o ecossistema digital provoca uma hibridização da realidade concreta com o mundo virtual, e é a isto que se refere o metaverso em seu cenário completamente factível. Apesar de necessárias e indispensáveis, as práticas relacionáveis às produções audiovisuais são cada vez mais constantes em nosso cotidiano, mas é preciso ponderar o seu uso, assim como a dependência que isto pode vir a desenvolver no ser humano. A compreensão de potencial educacional em tempos de Cibercultura ou Cultura Digital, ultrapassando a aprendizagem de conteúdo formal, queacolhe um olhar múltiplo de cidadania digital, desenvolvendo habilidades comunicacionais, ampliação dos tempos e espaços pedagógicos, produção de estilos discursivos e reconhecimento de variados elementos que envolvem uma produção de conteúdo (RAMOS; BOLL, 2022).Mas; até que ponto toda mudança é relevante ao futuro, tanto da educação quanto da humanidade em um contexto generalizado?
A educação é a base para uma vida equilibrada e feliz, sem ela, não há desenvolvimento, nem tão pouco evolução! (NASCIMENTO M, 2022), porém todo processo evolutivo precisa ser desenvolvido de forma a edificar e nunca ao contrário, e quando o metaverso definitivamente chegar, será preciso um preparo psicológico a fim de que as pessoas não queiram viver somente nesta imersão digital e sim, se utilizem desta inovação para maiores e mais elevados resultados, no que se refere ao aprendizado, quanto à expansão da ciência e promulgação da pesquisa e desta forma se alcance a evolução em níveis cada vez mais salutares
Márcia Nàscimento
Pedagoga; Especialista em Palestras;
Neuroeducadora, Neurocientista;
Especialista em Neurofeedback;
Professora Universitária e Coordenadora do
Curso de Pedagogia da FAIP
TERRA DO CONSUMO

Neste período pós pandemia, que engoliu histórias e pessoas, que nos fez refletir o quão pequeninos somos diante da ciência e o quanto desinformados nos deparamos diante da falta de informação, nos parece que estamos a tentar descontar, de todas as formas e maneiras, o tempo que perdemos utilizando máscaras, respeitando um metro e meio nas filas, nos enebriando de álcool em gel, deixando de viajar, de visitar parentes, de nos reunirmos com os amigos, de poder trabalhar, de pode estudar, de poder viver.
Nem parece que vivenciamos, pouco tempo atrás, uma verdadeira batalha silenciosa contra um poderoso inimigo que nos tirou a paz, a tranquilidade, a saúde, a vida.
Agora, revigorados pelo fim do mal do século, colocamos novamente nossas roupas de ávidos consumidores, comprando, consumindo tudo e todos. Desenfreadamente.
A terra não é plana. É redonda. O consumismo é o encadeamento perfeito dessa esfera, liga produtos, desejos e sonhos de um extremo ao outro até o seu possuidor, o consumidor final. Não existem barreiras geográficas, nem físicas, podemos ter tudo, vindo de qualquer lugar deste esférico planeta.
Consumimos de maneira colossal e, ao mesmo tempo somos consumidos de maneira abissal. Crianças de hoje, já consumidores, serão os nossos consumidores substitutos do amanhã. Colocamos em primeiro plano a ideia de que temos que possuir mais, temos que comprar mais, simplesmente porque temos a certeza de que merecemos mais.
Neste cenário realístico, onde as figuras do Fornecedor e do Consumidor se transformaram em principais protagonistas deste Século, não há limites a serem respeitados: milionários consomem viagens caríssimas que não garantem a segurança, classe média consome produtos e serviços que sempre foram destinados aos mais abastados e a classe menos privilegiada se empanturra com as ofertas implícitas da satisfação do sonho de consumo.
Hoje, adquirimos produtos/serviços que nem desejávamos a um minuto atrás. Diante do bombardeio do marketing de guerrilha adotado pelos astutos fornecedores, aquele carro que eu nem sabia que existia, passa a ser o meu sonho de consumo, não conseguirei viver sem aquele bem.
Jamais conseguiremos frear a febre do consumo porque ela nos pega desprevenidos, incautos compradores de tudo o que nos cerca. Mas será que não existe um freio nesta escalada? Será que não estamos preparados para uma retomada de consciência? Qual será o limite?
Há diversas teorias sobre o consumo consciente e sustentável do planeta. Acontece que esse produto, que tenta incutir nas pessoas a importância de consumir aquilo que não agride o meio ambiente, proveniente de atividades preventivas e que primam pela sustentabilidade da atividade comercial/empresarial, industrial ainda é um produto novo, sem marcas, sem competitividade, sem marketing, sem atratividade.
Precisamos trocar muitos produtos dos nossos carrinhos dos sonhos. Substituir aquilo que agride à nossa saúde, aquilo que não está conforme com o nosso modo de vida, aquilo que destoa da nossa realidade, diminuindo consideravelmente o peso de nossas compras, de nossas escolhas e de nossas ações.
Que a terra continue redonda (como sempre foi). Que a terra continue sendo dos consumidores (como agora é). Que a terra passe a ser habitada por consumidores conscientes (aquilo que desejamos ser).
Não podemos mudar o passado. Esse produto já foi consumido, já se exauriu durante a sua (incorreta) utilização. Mas podemos corrigir o presente, exigindo mais do que produtos bonitos, chamativos e (muitas vezes) desnecessários para que reescrevamos o nosso futuro, através da consciência coletiva de que, nesta Terra do Consumo, nada se cria, tudo se copia, tudo se transforma.
Enfim, levantemos a bandeira (da Walita) exigindo produtos honestos. Levantemos a bandeira (da Sears) procurando a satisfação garantida ou o nosso dinheiro de volta. Levantemos a bandeira da sustentabilidade, no sentido de que os fornecedores alcancem a qualidade com respeito ao meio ambiente e que os consumidores se transformem em agentes do consumo consciente, sem exageros e sem culpa.
A terra, redondamente, agradece.
Carlos Eduardo Futra Matuiski
da Faculdade IMMES de Matão Professor de
Direito do Consumidor Coordenador do Curso de Direito





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