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O Melhor Presente de Natal

É vermelho, não tem preço, e pode salvar até 4 vidas


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A cidade de Matão tem uma característica que qualquer pessoa, em pouco tempo convivendo na cidade, consegue detectar: a generosidade. Em várias situações presenciamos gestos de generosidade da população. Mesmo quando não envolve dinheiro, envolve grandiosidade de alma.

Anualmente, pelo menos duas vezes ao ano, centenas de matonenses aguardam ansiosamente a vinda do Hemocentro de Ribeirão Preto a Matão, para doarem sangue.

É sabido, nos corredores do Hemocentro RP, que quando a equipe de coleta móvel se dirige até Matão, eles sabem que irão trabalhar muito, e que retornarão com o ônibus carregado com dezenas de bolsas de sangue. Os profissionais costumam sair de Matão com uma média de 110 a 130 bolsas de 450 ml.

Segundo informações obtidas dos próprios trabalhadores que realizam as coletas móveis em várias cidades da região, é comum saírem de algumas cidades com 20, 30 bolsas de sangue. Este é o sinal de que não houve organização, nem preparo para a coleta de sangue.

Em Matão, a coleta de sangue ocorre por intermédio de agendamentos. Desde antes da pandemia da COVID, a organização matonense, junto com o Hemocentro, estabeleceu um protocolo para atendimento envolvendo agendamento, sem divulgação ostensiva. Significa dizer que a data da coleta móvel e local de doação, não são noticiados em nenhum veículo de imprensa, e também não é colado nenhum cartaz em locais públicos para divulgação em massa.

Há alguns anos atrás, uma multidão comparecia nos locais de coleta, amplamente divulgados, onde cada um adquiria uma senha - na época eram 250 números - e esses candidatos passavam a manhã, ou a tarde, esperando para serem atendidos. Aqueles que aguentavam esperar por tantas horas para o momento da doação, cumpriam o ato, por vezes cansados, não obstante, estressados pela longa espera...

Atualmente, a organização para a coleta de sangue em Matão faz uma busca ativa, baseada nos dados fornecidos pelos próprios doadores, que são convidados a agendarem um horário para doação de sangue.

São agendados em média 30 pessoas por hora, entre 7h e 12h, e a coleta decorre sem aglomeração, sem atropelos, e sem desistências. O doador sai satisfeito, a equipe de Hemocentro trabalha num ritmo harmônico e produtivo.

Para os agendamentos, empresas parceiras recebem uma quantidade de horários para direcionarem colaboradores para doação. É um momento de união de forças.

Natal sem sangue

O mês de dezembro, historicamente, é um mês em que os hemocentros sofrem muito. Seus estoques baixam a níveis assustadores, porque os tradicionais doadores estão muito ocupados com as festas de confraternização, viagens, compras de presentes, encontros familiares e outros compromissos sociais, que o principal aniversariante do mês, Jesus, deveria ficar feliz percebendo suas lições de amor, caridade e solidariedade terem sido aprendidas e exemplificadas. Infelizmente o foco não é esse.

Mensalmente, a Associação Tiago Rocha (veja quadro) organiza ônibus para transportar doadores de sangue até um hemocentro, que pode ser em Ribeirão Preto, Jaú, São Paulo, ou onde precisar. Os hemocentros sempre precisam de doadores.

Para o próximo dia 16 de dezembro, um sábado, a Associação está organizando o transporte de doadores para os hemocentros de Ribeirão Preto e Jaú.

Se você deseja oferecer um presente que realmente agrade ao Aniversariante mencionado acima, prepare-se, na manhã do dia 16 de dezembro, para salvar vidas. Uma viagem, seguida de uma rápida entrevista; tudo ok? estique o braço, tome uma picadinha, e deixe o sangue circular até a bolsa. A sua doação de sangue poderá salvar até 4 vidas. Ligue e agende sua doação pelo telefone WhatsApp (16) 99631-0418.

(Se você está lendo este artigo depois do dia 16/12/2023, não se preocupe. Mensalmente a Associação leva doadores para algum hemocentro. Isso poderá transformá-lo em um salvador!).


Box (quadro)

A saga de Tiaguinho Rocha e o sentido da preservação humana.


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"Papai, assim que eu estiver curado, vamos ajudar a salvar outras crianças?”

“Sim, meu filho, claro que vamos salvar muitas crianças!”

A promessa do pai Adelmo Rocha ao filho Tiago Rocha era, antes de tudo, uma convicção. Afinal, depois de uma luta de tantos anos para curar o seu menino, tudo ficaria mais fácil. Por que não ajudar os semelhantes numa causa já tão conhecida?

Tendo combatido o bom combate para curar uma LLA - Leucemia Linfoide Aguda, o pai guerreiro teria ao seu lado, o filho guerreiro. É claro que o apoio incondicional da família nunca lhes faltaria. Ajudar o próximo seria o mínimo que a família Rocha faria para devolver ao mundo o sabor da vitória, da gratidão por uma cura tão esperada.

Adelmo Rocha mobilizou milhares de pessoas na cidade de Matão para cadastramento de doadores de medula óssea, buscando um doador para Tiago.

Amigos não faltaram, em especial da Comunidade Alfa e Ômega, apoiando Adelmo moral e espiritualmente.

Quando Tiago sofria algum agravamento dos sintomas do LLA - febre, dor nos ossos, sangramentos e infecções, Adelmo corria para obter o socorro adequado. Esse socorro era obtido em Campinas, no Centro Infantil Boldrini, um hospital especializado em oncologia e hematologia pediátrica.

Foi quando, finalmente, em outubro de 2012, a família recebeu a notícia de que o esperado doador havia sido encontrado.

A comoção foi geral. Familiares, amigos, e todos aqueles que esperavam pela cura de Tiago sentiram uma sensação de alívio. Bastaria alguns exames do candidato compatível, alguns tramites, para o esperado agendamento do transplante.

Alguns meses se passaram, mas o menino já estava multo fraco.

Adelmo Rocha lembra que foram 9 meses de angustia, sofrimento e fé. Esses foram os últimos momentos de luta ao lado do filho, desde a notícia da localização de um doador compatível.

No dia 24 de junho 2013 o guerreiro Tiaguinho deixaria um legado para o pai Adelmo, a mãe Cristiane, a irmã GabrieIi, e também para toda a população matonense: A missão de salvar muitas vidas que dependessem de um transplante de medula óssea, ou que precisassem de doação de sangue. Por isso a Associação Tiago Rocha foi criada, já foi declarada como serviço de utilidade pública, e ganhou um terreno para construir sua sede própria. Você pode fazer parte dessa construção.


David Liesenberg,

é jornalista.

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